quinta-feira, 31 de março de 2011

Aprendi mais um pouco



Hoje aprendi mais um pouco com Paulo e com Bonhoeffer, um por sua carta aos de Roma, outro por um poema, também escrito por uma carta enquanto na cadeia de Tegel, Alemanha Nazista.

Um ensinou a beleza do compartilhar, ou desse desejo íntimo em gratidão aos que com ele já caminharam e um dia ensinaram a respeito desse encontro maravilhoso com Cristo. Não importava se estavam longe, importava seu desejo sincero e grato, cheio de desejo em dividir o que já havia adquirido em suas novas andanças. (Rm 1:9-15)

Outro pela singeleza de perceber-se no olhar de Deus, mesmo quando todo saber de sua mente e coração, após tanto oferecer aos outros, se percebem confusos e com pouco saber. Enquanto ofereceu consolo, fé e esperança aos colegas em celas vizinhas e aos guardas de seu cárcere, enquanto caminhava, enquanto lutava, enquanto preso, enquanto se questionava, respondia e descansava em Deus.

"Quem se tornaria arrogante com os sucessos ou desanimado com os fracassos, tendo uma vida assim, participando dos sofrimentos de Deus?" Bonhoeffer


Em ambos o único destino é em Deus, com Deus, por Deus.

Poema:

Wer Bin Ich? Quem Sou Eu?

Quem sou eu? Freqüentemente me dizem
Que saí da confinação da minha cela
De modo calmo, alegre, firme,
Como um cavalheiro da sua mansão.

Quem sou eu? Freqüentemente me dizem
Que falava com meus guardas
De modo livre, amistoso e claro
Como se fossem meus para comandar.
Quem sou eu? Dizem-me também
Que suportei os dias de infortúnio
De modo calmo, sorridente e alegre
Como quem está acostumado a vencer.

Sou, então, realmente tudo aquilo que os outros me dizem?
Ou sou apenas aquilo que sei acerca de mim mesmo?
Inquieto e saudoso e doente, como ave na gaiola,
Lutando pelo fôlego, como se houvesse mãos apertando minha garganta,
Ansiando por cores, por flores, pelas vozes das aves,
Sedento por palavras de bondade, de boa vizinhança
Conturbado na expectativa de grandes eventos,
Tremendo, impotente, por amigos a uma distância infinita,
Cansado e vazio ao orar, ao pensar, ao agir,
Desmaiando, e pronto para dizer adeus a tudo isto?

Quem sou eu? Este, ou o outro?
Sou uma pessoa hoje, e outra amanhã?
Sou as duas ao mesmo tempo? Um hipócrita diante dos outros,
E diante de mim, um fraco, desprezivelmente angustiado?
Ou há alguma coisa ainda em mim como exército derrotado,
Fugindo em debanda da vitória já alcançada?

Quem sou eu? Estas minhas perguntas zombam de mim na solidão.
Seja quem for eu, Tu sabes, ó Deus, que sou Teu!


terça-feira, 22 de março de 2011

"Estações para a liberdade" de Dietrich Bonhoeffer

Sofrimento

"Maravilhosa transformação. As mãos fortes e ativas estão amarradas.

Impotente e solitário, vês o fim de tua ação.

Não obstante respiras aliviado e coloca o que é justo tranqüilo e confiante

Em mãos mais fortes e te dás por satisfeito.

Só por um momento tocaste feliz a liberdade, entregando-a então a Deus,

para gloriosa consumação".


Morte

"Pois vem, festa máxima no caminho para a eterna liberdade;

Morte, destrói as fatigantes correntes e muralhas

do nosso corpo passageiro e da nossa alma cega,

para que finalmente vislumbremos o que nos é negado ver aqui.

Liberdade, procuramos-te longamente em disciplina, ação e sofrimento.

Morrendo, te reconhecemos e contemplamos agora, na face de Deus".


Do poema "Estações no Caminho para a Liberdade"



sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Um dia falou o "profeta" Renato Russo em sua letra Música Urbana:

"Em cima dos telhados as antenas de TV tocam música urbana,
Nas ruas os mendigos com esparadrapos podres
cantam música urbana,
Motocicletas querendo atenção às três da manhã -
É só música urbana.

Os PMs armados e as tropas de choque vomitam música urbana
E nas escolas as crianças aprendem a repertir a música urbana.
Nos bares os viciados sempre tentam conseguir a música urbana.

O vento forte, seco e sujo em cantos de concreto
Parece música urbana.
E a matilha de crianças sujas no meio da rua -
Música urbana.
E nos pontos de ônibus estão todos ali: música urbana.

Os uniformes
Os cartazes
Os cinemas
E os lares
Nas favelas
Coberturas
Quase todos os lugares.

E mais uma criança nasceu.
Não há mais mentiras nem verdades aqui
Só há música urbana.
Yeah, Música urbana.
Oh Ohoo, Música urbana.


E noutro dia mais antigo ainda dizia o Profeta Sofonias em seu último capítulo:

"Ai da rebelde e contaminada, da cidade opressora!

Não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no SENHOR; nem se aproximou do seu Deus.

Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para a manhã.

Os seus profetas são levianos, homens aleivosos; os seus sacerdotes profanaram o santuário, e fizeram violência à lei.

O SENHOR é justo no meio dela; ele não comete iniqüidade; cada manhã traz o seu juízo à luz; nunca falta; mas o perverso não conhece a vergonha.

Exterminei as nações, as suas torres estão assoladas; fiz desertas as suas praças, a ponto de não ficar quem passe por elas; as suas cidades foram destruídas, até não ficar ninguém, até não haver quem as habite.

Eu dizia: Certamente me temerás, e aceitarás a correção, e assim a sua morada não seria destruída, conforme tudo aquilo porque a castiguei; mas eles se levantaram de madrugada, corromperam todas as suas obras.

Portanto esperai-me, diz o SENHOR, no dia em que eu me levantar para o despojo; porque o meu decreto é ajuntar as nações e congregar os reinos, para sobre eles derramar a minha indignação, e todo o ardor da minha ira; porque toda esta terra será consumida pelo fogo do meu zelo.

Porque então darei uma linguagem pura aos povos, para que todos invoquem o nome do SENHOR, para que o sirvam com um mesmo consenso.

Dalém dos rios da Etiópia, meus zelosos adoradores, que constituem a filha dos meus dispersos, me trarão sacrifício.

Naquele dia não te envergonharás de nenhuma das tuas obras, com as quais te rebelaste contra mim; porque então tirarei do meio de ti os que exultam na tua soberba, e tu nunca mais te ensoberbecerás no meu monte santo.

Mas deixarei no meio de ti um povo humilde e pobre; e eles confiarão no nome do SENHOR."


E enquanto esses dias não chegam seguimos trabalhando confiando e buscando viver a paz. Incentivando a quem é honesto que continue sendo honesto e quem não é que passe a ser!!


Já dizia uma outra letra: ... Só em Cristo!!! Só em Cristo!!! Nova criatura é!! D

Que Deus dê sabedoria aos líderes de nosso Estado para que deixemos de cantar esta 'música urbana' tão triste!!

sábado, 27 de março de 2010

Enquanto o esmalte seca!



Enquanto o esmalte seca! Feminilidade!


Mulher este ser multifacetado.
Enquanto cozinha, lava, passa, lê um bom
email, jornal, livro,
fala ao telefone.
Pensa na vida, no que conquistou, no que falta conquistar,
nos dias que passam.

Dá um sorriso. Derrama uma lágrima.
Ouve uma música, silencia, dança, suspira!
Se olha no espelho: está linda, perdeu uns quilinhos!
Está horrível, ganhou uns quilinhos!

Mulher, sou uma delas!
Sentada a frente do micro digitando letrinhas tortas,
letrinhas inteligentes, letrinhas divertidas...
passando o tempo enquanto o esmalte seca!

Lendo uma notícia ou outra, atualizando com amigos ...
tudo enquanto o esmalte seca
e a panela no fogo permite, rss



Mas o bom disso tudo é depois bem informada e
com unhas lindas sentar a mesa e saborear de unhas feitas um delicioso almoço!

Estão servidos?
;D




quarta-feira, 10 de março de 2010

Que Mico!!


Estou chegando a conclusão que moro na Ilha de Lost. É, é verdade, pois não parece que moro bem no centro da cidade. Tudo bem que numa ladeirona, que dá de fundos para um morrão lindo!! Ok, dá para o quintal de meu vizinho, que é um morrão, rs!

Estava eu lá, quieta, tentando me concentrar diante de todo aquele verde que escolhi diante da minha mesa - mudei-a de local recentemente para aproveitar mais a vista e o ar 'fresco', coloquei-a de frente a janela do escritório! E de repente um galho mexe. Tudo bem já estou acostumada a calangos, borboletas gigantes, morcegos, gatos, gambás, pássaros cantando alto, até pica-pau já vimos e um gavião pequeno, mas mico nunca!

Bastou aquele rabinho enorme sacolejando feliz no tronco da árvore para me deixar compeltamente desconcentrada. Ai meu concurso!!!! E como era peludo, o rabinho! Ele era todo lindo, cor de mel, uma carinha simpática e meio avermelhada. A cauda era em duas cores aneladas e alternadas, uma mais clara outra mais escura tendendo para o vermelho. Alguém sabe que espécie é? Eu não sei mas é um mico!

Parecia mesmo um bichinho de pelúcia. Daí me correu um calafrio, eu não me importo da janela aberta nenhuma hora do dia, embora tenha grades alguns bichinhos voadores às vezes entram. Mas a idéia de um mico me assustou um pouquinho. Os gambás não sobem a esta altura nem os gatos - apesar de visitarem alguns de meus vizinhos! Mas o que impediria um miquinho simpático a se aventurar ao meu apartamento? Sei que esses bichinhos andam em bando e como não vi mais nenhum por perto sosseguei-me, ao menos por enquanto. "Reza a lenda" que esses bichinhos são pequenos ladrõeszinhos, embora aqui eu acredito que o Barth não permitiria!!

Ficou o encantamento. Estou encantada com aquela carinha. Agora mais um concorrente para atrair minha atenção e confundir minha pouca concentração!!!

Concordam comigo, eu não devo estar na Ilha de Lost?!

terça-feira, 9 de março de 2010

Verde. Amo verde!

Verde é a cor que mais gosto.

Estava aqui deitada na poltrona da sala depois de um dia cansativo quando resolvi ler mais alguns capítulos de um livro de literatura e para isso precisei abrir a persiana. Foi fantástico!!! O céu estava de um azul maravilhoso e o verde das árvores lá fora na incidência perfeita da luz do sol permitindo que eu contemplasse o verde mais puro e lindo que há. O verde da natureza!

E se não bastasse vi um pássaro grande. Não dei importância; depois avistei outro e mais um e outro. De repente gaivotas; muitas gaivotas voando baixo. Como são perfeitas!!! Suas asas geométricas quase réguas dobradas em forma de bumerangue. Cheguei a chamar o Sandro pois não é sempre que temos esta vista.

Ficamos aqui na poltrona eu; Barth e Sandro ao lado. Para quem não sabe; Barth é meu cachorro. Depois de um tempo ficamos só nós dois; rsss. Alguém precisa trabalhar nesta casa!!! Eu e Barth disputando espaço na metade da janela que estava aberta; contemplando o céu.

O verde vem da árvore do quintal de meu vizinho. Eu gostaria de saber dizer que árvore é mas não sei. Sei que é grande; linda; uma copa rechonchuda de folhas verdes. Fica quase fora da casa dele pois daqui vejo-a somente. Tem também umas bananeiras e daqui vejo apenas suas folhas; mas essas ninguém sabe a quem pertencem. Certa vez outro vizinho tentou em vão desfazer-se delas. Pois atrapalham o sol e deixam o terreno úmido. Mas teimosas que são nascem de novo; rss. Chegam a dar fruto e alguém os come - não se sabe quem!!

Só sei que foi bom; muito bom ter esse fim de tarde na poltrona. Iria pegar a máquina para tentar registrar a imagem. Mas seria um atrapalho a minha vista; ela está longe; em outro cômodo; sem pilhas e numa gaveta. Logo rendi-me a preguiça atada na poltrona e deixo a foto para outro dia! Agora volto a minha leitura!

Foi lindo!! Verde lindo!


(ps: desculpem a falta de vírgula ela sumiu de meu teclado e não consigo recuperá-la! Logo tento o ponto-e-vírgula; mas o odeio!)
Justificar

domingo, 7 de março de 2010

Uma História sobre o tempo ...

Adoro esse parágrafo escrit0 por C.S.Lews na dedicatória de um de seus contos de Nárnia a Lucy; provavelmente sua sobrinha ou enteada:

"Comecei a escrever esta história pra você, sem lembrar-me que as meninas crescem mais depressa do que os livros. Resultado: agora você está muito grande para ler contos de fadas; quando o livro estiver impresso e encadernado mais crescida estará. Mas um dia virá em que, muito mais velha, você voltará a ler histórias de fadas. Irá buscar este livro em alguma prateleira distante e sacudir-lhe o pó. Aí me dará sua opnião. É provavel que, a essa altura, eu já esteja surdo demais para poder ouví-la, ou velho demais para compreender o que você disser. Mas ainda serei o seu padrinho, muito amigo." C.S.Lews

Nossas histórias se desenvolvem. Crescemos a cada dia modificando nosso pensamento de acordo com a maturidade. Passamos da inocência a teimosia. Perdemos algumas oportunidades e criamos outras. Nesta porém manteve-se a fidelidade de uma amizade. Não é lindo esse ciclo de vida?